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Cadê o brilho no olhar?
Um perfume, o aroma sútil de tantas lembranças
Um despertar, dentro das possibilidades, escolher Uma faixa, uma dança, uma flor, muitas crianças Brincadeiras sem fim, muitas vezes sem saber.... Tudo corria para o bem daquele que era invencível Tudo quisera ser um infinito agudo de vibrações Tudo se destacava no brilho do olhar, inesquecível Indiscreto, sensível, ressoava no tilintar de corações.... Mas vocês não podem sentir o mesmo clamor, num resto de emoções Não podem ver o mesmo semblante, pesado, num rasgo de ilusões Que resiste no pensamento sofrido, a rigor do tempo imprevisto Tudo permanece amargurado, condensado, num vento, no abismo... Cadê você neste breu de ilusões? A saudade é persistente Cadê aquele momento imprevisto? Um tempo no passado Cadê a vida tão sonhada, almejada? Uma tentativa de voar Cadê o brilho no olhar? Um viver na tarde de verão a sonhar Uma vida que escorreu devagar pelo vão da porta resistente...
Rosane Fetter
Enviado por Rosane Fetter em 08/03/2021
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