Quantas vezes nós queremos dizer algo importante e as palavras não deram conta de explicar exatamente o que queríamos?
Quantas vezes nós, com a ânsia de sermos breves, engolimos as palavras a serem ditas?
Quantas vezes não conseguimos escutar o outro em sua totalidade? Falar e escutar.... escutar e falar....
Precisamos ter uma escuta eficiente, no sentido de acolhimento, de perceber o que o outro diz e assim concordar ou discordar sem que haja a discussão, sem que os ânimos se alterem, pois aceitar que as pessoas têm opiniões divergentes faz parte da vida.
Palavras são como pérolas que produzem ações, reflexões, são como facas que cortam o ar e produzem desilusão, agressão.... tudo irá depender de como elas serão ditas, se a comunicação estiver na sintonia, se estiver em equilíbrio com o que se quer explicar as palavras são dádivas.
Ao escutar o que as palavras significam criamos um entendimento somente nosso, num sentido de exemplificar conforme a nossa vivência o significado das expressões ditas, porém não percebemos que de vez em quando não escutamos com o coração, somente com o aparelho auditivo... isto é, estamos ouvindo e não prestando atenção na comunicação do outro.
Assim, há uma solidão nas palavras quando ditas ao léu, soltas ao vento, falamos e ninguém quer saber o conteúdo, a essência de suas ideias, como um barco a deriva no mar elas simplesmente não foram acolhidas, não fizeram sentido aos outros...
Precisamos ter uma escuta que se importe com o que o outro diz, compreender que somos únicos e que as palavras podem fazer a diferença para alguém, que o que você diz pode trazer conforto, alegria, otimismo, bondade e também confirmar o que você pensa realmente.